TRANSPORTE É DIREITO! CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM

As entidades e coletivos estudantis e sindicais de Passo Fundo reunidos no Comitê das Lutas Sociais debateu na quarta-feira (27/02) as propostas de aumento da passagem das empresas de transporte coletivo que operam na cidade e encaminhou ações públicas para mobilizar a população na defesa do caráter público do transporte coletivo.

PLANILHAS DE CUSTOS E GOVERNO

As planilhas de custos apresentadas pelas empresas precisam ser divulgadas imediatamente para que possamos analisá-las. O Secretário do Transporte e Serviços Gerais Cristian Thans era membro do Conselho de Transporte representando a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Passo Fundo e apoiou os aumentos da passagem nos anos anteriores. O governo municipal formado por PPS, PCdoB, PRB, DEM, PRTB, PHS, PMN, PV, PRT, PSDB, PPL, PSD e PTB está comprometido com a manutenção dos lucros das empresas privadas.

VEREADORES REPUDIAM AUMENTO, QUE TAL DEFENDER O TRANSPORTE PÚBLICO

A manifestação contrária ao aumento da passagem por parte dos vereadores será demagógica se não ir além e defender o transporte público, popular e de qualidade para todos.

O debate em torno do transporte coletivo urbano deve ir além do custo operacional e do valor da tarifa, mas deve encaminhar ações concretas, como: a licitação, o fortalecimento da CODEPAS, o planejamento das linhas, a manutenção das paradas, a adequação das rotas, enfim, que o transporte de massa seja garantido enquanto direito de ir e vir de todas e de todos.

MINISTÉRIO PÚBLICO E LICITAÇÃO

Foi destacado a importância do MP vir a público e esclarecer porque a realização de licitação das linhas do transporte coletivo ainda não foi exigida junto à prefeitura. Diante das inúmeras irregularidades no cálculo da tarifa tornadas públicas na capital via MP e TCE, cabe a promotoria de Passo Fundo analisar se os cálculos das planilhas das empresas locais estão sendo realizados conforme a legislação.

MOBILIZAÇÃO NA PRÓXIMA SEMANA

Os estudantes secundaristas e universitários presentes se comprometeram em levar a discussão até seus colegas e o Comitê deliberou a realização de uma panfletagem que deverá ocorrer na próxima semana com o objetivo de divulgar as posições dos estudantes e trabalhadores que compõem essa luta para os usuários do transporte público. Somente a pressão popular poderá barrar esse aumento.

Estiveram presentes: Coletivo Estudantil pela Saúde, Coletivo Nada Será Como Antes, Plural Coletivo LGBT, JSB, Associação dos Moradores do Centro, CPERS, Sindicato dos Comerciários, CSP-Conlutas, estudantes secundaristas e universitários e representante do Vereador Eduardo Peliciolli (PSB).

REUNIÃO DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM NA QUARTA

O Comitê das Lutas Sociais convida a todos e todas para Reunião de Mobilização contra o aumento da passagem de Passo Fundo na próxima quarta-feira (27/02) às 18 horas na sede do Sindicato dos Comerciários situado na Rua Moron, 1731 - 4º andar (ao lado da Agência Central do Correio).

Na semana passada as empresas que operam o transporte coletivo urbano da cidade apresentaram suas propostas de aumento da passagem, que hoje custa R$2,45 para a Secretaria do Transporte:

CODEPAS - R$2,87

COLEURB - R$2,86

TRANSPASSO - R$2,80

Não basta indignar-ser, vamos à luta barrar esse aumento!

REUNIÃO PAUTA O TRANSPORTE COLETIVO

Esteve reunido no dia 20 de fevereiro na sede do Sindicato dos Comerciários o Comitê das Lutas Sociais, articulação dos movimentos sociais, estudantis e sindicais de Passo Fundo para o fortalecimento das lutas para pautar o transporte coletivo urbano.

Na oportunidade foram discutidas as informações sobre as dívidas da CODEPAS anunciadas recentemente, as ilegalidades praticadas continuamente pelas empresas privadas, o silêncio do Ministério Público a respeito da licitação e a possibilidade de outro aumento das passagens entre outros aspectos do tema.

O Comitê das Lutas Sociais se reunirá novamente no dia 27 de fevereiro de 2013 às 18 horas na sede do Sindicato dos Comerciários situado na Rua Moron 1731 – 4º andar (próximo da Agência Central dos Correios) e é aberta a todas as pessoas.

REUNIÃO DO COMITÊ DIA 20 DE FEVEREIRO

O Comitê das Lutas Sociais de Passo Fundo convoca as lutadoras e os lutadores para reunião às 18 horas e 30 minutos do dia 20 de fevereiro de 2013 junto ao Sindicato dos Comerciários (Rua Moron, 1731 - 4º andar - Edifício Fiori - Centro) para retomar as atividades do organismo e terá como pauta a seguinte ordem:

1. Informes;

2. Conjuntura;

3. A dívida da CODEPAS;

4. As ilegalidades da concessão do transporte coletivo urbano;

5. Aumento da passagem 2013;

6. Encaminhamentos;

7. Assuntos Gerais. 

Repasse a convocação para todxs xs interessadxs.

AMEAÇAS AO TRANSPORTE COLETIVO

Após um período sem que nenhuma das lutas locais tenha sido pautado nas suas reuniões o Comitê das Lutas Sociais retoma suas reuniões e pautará as ameaças ao transporte público de Passo Fundo sob um novo governo.

O Ministério Público do RS não se pronuncia quando irá exigir o cumprimento da decisão  sobre a necessidade de licitação do transporte coletivo urbano de Passo Fundo, cuja concessão foi prorrogada ilegalmente em 2007. O atual Diretor da CODEPAS Tadeu Karckeski em entrevista no final de janeiro desse ano cogitou eliminar linhas por causa de um rombo de 11 milhões na empresa cuja maior parte se refere aos custos do transporte. Segundo o mesmo,"a nossa administração vai ser profissional. Vai ser uma gestão de empresa. Já apresentamos um plano de gestão ao prefeito em que vamos atacar diversas áreas para melhorar o fluxo de caixa. Temos certeza de que a empresa vai ser viável”. 

A CODEPAS opera apenas 12 linhas do transporte coletivo e o déficit das contas seria maior a partir de 2007. Esse foi o ano que com a aprovação da Câmara de Vereadores foi prorrogada a concessão do transporte de maneira ilegal para as empresas privadas. A COLEURB opera em 27 linhas sem contarmos os reforços que também seguem ilegais por não haver licitação alguma.

O valor abusivo de R$2,45 da passagem em Passo Fundo prejudica a juventude e os trabalhadores da cidade. Os aumentos acima da inflação e do aumento real do salário mínimo tornam cada vez mais o transporte coletivo uma opção cara. Os desempregados da periferia são discriminados por morarem longe e as empresas terem que subsidiar o vale-transporte conforme a legislação. Motivos não faltam para uma política pública que priorize o transporte de massa, mas a tendência do governo é optar pela lógica privada.