A tarifa de transporte coletivo foi reajustada nesta quarta-feira, 27, por decreto assinado pelo prefeito Airton Dipp. A passagem passou de R$ 2,20, para R$ 2,30, a partir do dia 2 de maio. Muitas entidades da sociedade passo-fundense, incluindo grande parte do Poder Legislativo, se mostraram contrárias ao aumento, questionando o lucro que as empresas obtém na prestação do seu serviço.
Em contato com a engenheira Gislaine Mello Alves, da STSG (Secretaria de Transportes e Serviços Gerais), ela afirmou que não há como saber quanto é o lucro das empresas. "Isso vai da administração da empresa. Depende do gerenciamento para obter mais ou menos lucro."
Para entender o problema do cálculo dos lucros é necessário entender o cálculo do valor do reajuste, que foi obtido pela equipe da STSG, e apresentado pela engenheira Gislaine à comunidade em audiência pública no dia 14 de abril.
A engenheira explicou que tudo é feito através de uma planilha conhecida por GEIPOT. O professor João Cucci Neto do Departamento de Engenharia Civil, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, explica que "desde 1982, a gestão sobre as tarifas passou para os municípios. Para auxiliá-los, os extintos EBTU (Empresa Brasileira dos Transportes Urbanos) e GEIPOT (Grupo de Estudos para Integração da Política de Transportes) criaram um método que ficou conhecido como `planilha do GEIPOT` e sofreu algumas modificações ao longo dos anos.”
Gislaine afirma que o método, considerado defasado por alguns, é aplicado em larga escala: "A planilha que Passo Fundo segue é a utilizada por Porto Alegre, com algumas alterações, como definições de coeficientes através de decreto de lei. Caxias do Sul também utiliza o mesmo sistema."
Em contato com a engenheira Gislaine Mello Alves, da STSG (Secretaria de Transportes e Serviços Gerais), ela afirmou que não há como saber quanto é o lucro das empresas. "Isso vai da administração da empresa. Depende do gerenciamento para obter mais ou menos lucro."
Para entender o problema do cálculo dos lucros é necessário entender o cálculo do valor do reajuste, que foi obtido pela equipe da STSG, e apresentado pela engenheira Gislaine à comunidade em audiência pública no dia 14 de abril.
A engenheira explicou que tudo é feito através de uma planilha conhecida por GEIPOT. O professor João Cucci Neto do Departamento de Engenharia Civil, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, explica que "desde 1982, a gestão sobre as tarifas passou para os municípios. Para auxiliá-los, os extintos EBTU (Empresa Brasileira dos Transportes Urbanos) e GEIPOT (Grupo de Estudos para Integração da Política de Transportes) criaram um método que ficou conhecido como `planilha do GEIPOT` e sofreu algumas modificações ao longo dos anos.”
Gislaine afirma que o método, considerado defasado por alguns, é aplicado em larga escala: "A planilha que Passo Fundo segue é a utilizada por Porto Alegre, com algumas alterações, como definições de coeficientes através de decreto de lei. Caxias do Sul também utiliza o mesmo sistema."
Como funciona a planilha
Pela planilha, o custo total do serviço corresponde ao custo quilométrico acrescido dos tributos, dividido pela quantidade de passageiros por quilômetro. Segundo o professor João Cucci Neto, "os itens que mais contribuem na composição da tarifa são a mão-de-obra (cerca de 50% do total), o combustível e a depreciação dos veículos." Além da soma desses custos a tarifa também é formada pela chamada "remuneração do capital" - o lucro das empresas.
Pela planilha, o custo total do serviço corresponde ao custo quilométrico acrescido dos tributos, dividido pela quantidade de passageiros por quilômetro. Segundo o professor João Cucci Neto, "os itens que mais contribuem na composição da tarifa são a mão-de-obra (cerca de 50% do total), o combustível e a depreciação dos veículos." Além da soma desses custos a tarifa também é formada pela chamada "remuneração do capital" - o lucro das empresas.
Onde está o lucro
"A planilha do Geipot não expressa a margem de lucro, ela somente considera 12% de taxa de remuneração do capital imobilizado, no caso os veículos", revelou a engenheira Gislaine. "Somente seria possível saber exatamente o lucro das empresas, entrando em cada empresa e abrindo suas contabilidades." A engenheira afirmou que em Curitiba a remuneração das empresas foi regulamentada em 2009. Segundo a lei, as empresas têm sua rentabilidade de acordo com dois fatores: a quilometragem realizada para cada tipo de veículo e o atingimento de indicadores de qualidade definidos em lei. Se os indicadores não são atingidos, a remuneração das empresas é reduzida.
A única empresa estatal a prestar o serviço em Passo Fundo, a Codepas, está trabalhando o relatório de custo e lucro para disponibilizar para a população, segundo seu diretor-presidente Saul Spinelli.